segunda-feira, 31 de agosto de 2009

No olhar, reflexos de um segredo do coração.

Eu te segrego meu segredo.
Que te invadirá lento, permissivo,
e dolente, pois, de tão incutido,
formará poças fundas em mim.
No interior dele há sentimentos,
impressões e "achismos,"
com lacunas, que quero ocupar.

Eu o desloco da minha estática,
minha via láctea de planetas
idéias.
Uma
noite escura descortinada
no céu da minha boca calada,
com seus anéis de astros oriundos,
perguntas e pedidos mantidos
intactos no vasto breu profundo.

Ilumina esse meu universo de dúvidas,
este que com ternura vou te imprensar,
quando esse meu olhar te buscar
com recato e algum medo.
Mergulhe fundo nele, sem ciúme,
e verás que eu te segrego sim,
o meu
segredo em frações de lume.

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